Amar a si mesma não é o suficiente
- Lidiane Passos
- 19 de out.
- 4 min de leitura
Você é aquela mulher que cumpre prazos, entrega resultados, conquista tudo o que quer, mas ainda sente que falta algo?
Que tal refletir sobre: “existe uma diferença entre me admirar e me respeitar”?
(Se você está me lendo aqui agora, dê uma pausa, feche os olhos e reflita por um tempo sobre isso antes de seguir o texto.)
A maioria das mulheres fortes não tem baixa autoestima.
Eu sei que você se ama em muitas partes, que se admira em muitas partes de você — mas não é só sobre amar. Amar não sustenta relacionamentos, e também não sustentará o seu relacionamento com você.Amar não basta.
Se amar não basta, é sobre não se trair.
Você precisa parar de se abandonar.
Autoestima não é sobre se sentir bonita, nem sobre se dar uma hora na semana pra fazer as unhas…
É sobre manter sua palavra com você mesma.
É dizer “vou fazer” — e fazer.
É respeitar seus limites, se afastar do que te faz mal, mesmo que doa.
Cada vez que você se trai, vai se tornando uma estranha dentro do seu próprio corpo.
Autoestima faz parte da integridade, da dignidade e dos valores que compõem a Alma.
O amor-próprio nasce quando você se torna alguém confiável pra si mesma.
Dentro desta nova relação, poder se dizer: “eu confio em mim, me cuido e nunca me abandono”.
Quantas vezes por semana você se trai?
(E nesse momento, cabe uma outra pausa reflexiva — tome seu tempo.)
Autoestima não é simplesmente gostar de si.
É parar de se abandonar, é cumprir o que você promete pra você mesma, é respeitar o corpo que pede pausa mesmo quando o mundo exige mais. É dizer “hoje eu não dou conta”, “não quero mais esse tipo de relação”, “não vou responder mensagem às 10h da noite”.
É se afastar do que te adoece, mesmo que doa.
Autoestima não mora no espelho.
Ela mora nas pequenas coisas que você repete até confiar de novo em quem você é.
Não é sobre aparência, é sobre integridade. É um compromisso com você e com todas essas partes tão importantes — alma, mente, emoções, corpo. São todas as micro-áreas da sua vida que você precisa nutrir e cuidar.
Como nutrir cada uma delas?
É preciso montar um cinturão de forças, com bolsos, pregas, mosquetão, papéis, lápis e sua bússola interior.Unir ferramentas potentes, alinhadas com o que você gosta de fazer, para sua autorregulação emocional.
Pode existir uma bolsa lateral contendo as ervas sagradas que todas as suas avós utilizavam, seus óleos essenciais, receitas de prazer e boas conversas na cozinha.
Quando foi a última vez que você visitou a sua cozinha com tempo, aromas, músicas e risadas?
Autoestima é sobre integridade, dignidade, autorrespeito, escolhas conscientes e, definitivamente, sair do autoabandono.
Onde está sua espiritualidade?
Você se esqueceu dela?
Nestes mundos internos que você precisa nutrir, tem que existir respeito — uma visão respeitosa, sabe?
Acha mesmo que é respeitoso dormir apenas quatro horas por dia?
Acha respeitoso ignorar a fome e mandar um salgadinho pra dentro?
Encher o corpo de cafeína e seguir ignorando descanso, restauração e prazer…Você ao menos toma água? Que bom.
Ignorar momentos de silêncio e até se incomodar com eles, não, não é normal.
Você se cobra, se exige, se compara, não se escuta…
e o corpo começa a falar mais alto.
Dores, tensões, exaustão e você segue disfarçando isso tudo de produtividade.
Autoestima é olhar pra você livre de culpabilizações ou da vítma que te aprisiona.
E que olhar você está tendo aqui?
Autoestima é se relacionar com você. Sua relação está saudável ou tóxica?
É dizer “eu vou cuidar de mim” — e isso ser prioridade.
Não é sobre se amar simplesmente. Você se ama em muitas partes, eu sei, você se admira em muitas partes, mas amar, infelizmente, não sustenta nenhum relacionamento — e também não sustentará o seu com você mesma. Se amar não basta, é sobre não se trair.
Autoestima se manifesta quando você se escolhe.
Escolhe dar prioridade às suas necessidades, seus sonhos, seus desejos, ao espaço de vida que você tem pra viver.
Autoestima é a alma participando da jornada, tendo espaço pra isso.
Você adora a palavra força, né?
Não seria o momento de refletir sobre o que você considera forças e fraquezas?
(Dê uma pausa aqui para listar isso.)
Por fim, a individuação:
Auto amor é poder estar em paz dentro do próprio corpo, da própria pele, e será nesta paz que você encontrará a verdadeira força.
Aquela força que nasce e flui em reais ações em casamento perfeito com a paixão de acordar todo dia para realizar no mundo, ainda mais presente, inteira, plena e feliz.

Videira – Vida macro e vida micro – espaços de viver.
Desenhe uma videira e faça um mapa mental onde cada ramo é um caminho para mapear seu momento de conquista de autoestima, pode ter a folha do sono (dormir x horas por dia), das relacoes sociais, a folha do prazer, etc...
Grata por ler ate aqui.
Se desejar comente e compartilhe, quero saber que ponto mais te tocou e porquê.
O sucesso sem Alma é só esforço.
Lidiane Passos
Psicoterapia focada em autoestima para mulheres, saiba mais.




Belo texto, me fez refletir que amor é esse que ando oferecendo a mim mesma... Vou me cuidar mais!